NOTÍCIAS
18 DE NOVEMBRO DE 2022
Debate do XXII Congresso da AnoregBR e I da AnoregPR traz reflexões sobre o Registro Civil como Ofício da Cidadania
Painel sobre o registro civil e as parcerias com o Poder Público é tema de quarto painel do Congresso
O quarto painel do XXII Congresso da AnoregBR e I da AnoregPR debateu “O Registro Civil de Pessoas Naturais como Ofício da Cidadania: novas parcerias com o Poder Público”, nesta quinta-feira (17/11), em Curitiba. O congresso nacional é realizado pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg/PR) e Academia Paranaense de Direito Notarial e Registral.
Como mediador, Ricardo Augusto de Leão, 1º vice-presidente da Anoreg/PR, ressaltou o Provimento nº 46 do Conselho Nacional de Justiça, que instituiu a Central Eletrônica do Registro Civil e afirmou que todos os registradores operam a central de forma tranquila. Ele indagou aos outros participantes com o que os registradores podem contribuir para a sociedade com a segunda etapa da inovação digital que acontece nos cartórios de registro civil.
Ao iniciar sua participação, o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli, relembrou o que nomeou de importante lição que aprendeu com o desembargador Ricardo Dip: “protejam as atribuições, defendam seus princípios e sejam criativos”.
Fiscarelli elucidou um histórico do registro civil e toda a trajetória da especialidade até se concretizarem os Ofícios da Cidadania, abordando ainda a etimologia do conceito, que representa o ofício como o trabalho propriamente dito e a cidadania como grupo de pessoas com direitos a serem conquistados. Ele fez ainda um paralelo com as legislações que trouxeram o acesso aos dados à administração pública e todo o apoio governamental ao registro civil.
“O caminhar dos ofícios da cidadania foi uma batalha vigorosa com outras especialidades, sentamos, nos reconciliamos, porque isso que é o registro. A gente prova que nunca foi a intenção usurpar e desvirtuar, a única manobra é para transformar o registro civil na identidade do povo brasileiro. Criamos o tripé da identidade do brasileiro, com nascimento, CPF e visando a biometria”, destacou.
O presidente da Arpen-Brasil abordou ainda a importância de atender as reais necessidades da população e ressaltou as características que considera inerentes ao registro civil, como continuar, apesar das inovações tecnológicas, a atender no balcão a todos que chegam às serventias. “Balcão do registro civil é para continuar atendendo a todos, o rico, pobre, o negro, branco, hétero, homo, sobretudo, para continuar atendendo a população brasileira”, afirmou.
Carolina Ranzolin Nerbass, juíza Auxiliar da Corregedoria Nacional da Justiça (C-CNJ), ressaltou o caráter das parcerias entre os cartórios de registro civil e o Poder Público. Além disso, destacou a identificação biométrica com o intuito de poder trazer esses dados para o registro civil, para que haja mais segurança em todos os âmbitos dos registros públicos. Com destaque para as parcerias do registro civil com o Poder Público a fim de possibilitar os atos de desburocratização, visando a melhoria nas parcerias e, segundo ela, a modernização dos procedimentos.
De acordo com a juíza, enquanto o registro civil e o poder público tiverem olhares voltados ao acesso dos usuários mais vulneráveis aos serviços, “estarão caminhando juntos e parcerias são sempre bem-vindas, para trabalharem a serviço da população brasileira”.
A juíza também ressaltou a importância de que todas as pessoas tenham acesso aos seus direitos, como todas as identidades civis, para que todos possam exercer sua cidadania, trazendo como exemplo a importância de que isso aconteça para a ressocialização das pessoas privadas de liberdade.
Como debatedor, Christiano Cassettari, titular do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Nazaré, Salvador/BA, e pós-Doutor em Direito pela USP, fez um discurso saudoso e emocionado ao se recordar de momentos vivenciados na pandemia da Covid-19, que afetou todas as esferas da sociedade, mas em especial destacando os desafios enfrentados pelos registradores civis.
O professor fez uma homenagem a Zeno Veloso, com salva de palmas de todos os presentes ao jurista, notário e professor, que faleceu vítima da Covid-19 em 2021.
Cassettari ressaltou a importância da Corregedoria para implementar em todo o Brasil os Ofícios da Cidadania, “pensando nos estados pequenos e nas pessoas em vulnerabilidade, é preciso pensar nessas pessoas para que os ofícios sejam concretizados e atendam a essa camada da sociedade. Assim, vamos continuar exercendo nossas funções dignamente, e buscar qualidades, que é testada e referenciada”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Anoreg/BR e Anoreg/PR
Outras Notícias
Anoreg RS
14 DE OUTUBRO DE 2022
STF mantém decisão que garantiu cobrança do ISS sobre as receitas dos cartórios do Município do Rio
Nos embargos, o sindicato sustentava a ilegitimidade do Município do Rio de Janeiro para interposição de recursos...
Anoreg RS
14 DE OUTUBRO DE 2022
Mãe consegue na Justiça adoção de sua filha biológica maior de idade
Uma mãe conseguiu a permissão da Justiça para adotar sua filha biológica maior de idade, adotada anteriormente...
Anoreg RS
11 DE OUTUBRO DE 2022
Artigo – Planejamento patrimonial e sucessório – Por Paula Beatriz Loureiro Pires
De início, importante explicar, sem muito "juridiquês", o que é planejamento patrimonial e sucessório.
Anoreg RS
11 DE OUTUBRO DE 2022
Proposta permite penhora de website para pagar dívidas
Autor do projeto lembra que, em 2017, o Tribunal de Justiça de São Paulo já autorizou penhora de site
Anoreg RS
11 DE OUTUBRO DE 2022
É juridicamente possível o reconhecimento de parentesco socioafetivo entre irmãos, mesmo após a morte de um deles
Para o colegiado, a declaração da existência de relação de parentesco de segundo grau na linha colateral é...